Tem corrimento vaginal todos os dias? Vem saber quando é normal e quanto procurar ajuda

Toda pessoa que menstrua tem corrimento vaginal, mas a frequência pode variar de corpo para corpo, afinal, somos todas únicas! Mas quando será que há motivo para preocupação? Será que tá tudo bem ter corrimento vaginal todos os dias?

O corrimento vaginal é um fluido claro, branco ou esbranquiçado, que sai da vagina - a abertura maior localizada na ppk, que possui um canal que se conecta com o útero. Essa secreção é constituída principalmente por células e bactérias "do bem" e ajuda a manter a região íntima lubrificada e saudável, livre de infecções. 

Algumas pessoas notam a secreção na calcinha com mais frequência do que outras, mas será que é normal ter corrimento vaginal todos os dias?

Sim, ter corrimento vaginal é normal e saudável, mesmo todos os dias. Segundo a Sociedade Brasileira de Clínica Médica, o fluido considerado normal é de cor clara, não tem cheiro ruim e a quantidade varia ao longo do ciclo menstrual.

Durante a ovulação, você poderá notar um corrimento estilo clara de ovo, mais espesso e de cor branca clarinha ou transparente. Nesse período, a quantidade de fluido que o útero produz costuma ser maior por causa da ação dos hormônios.

O corrimento na vagina nem sempre é normal. Se você notar alguns dos sintomas abaixo, pode ser que a sua ppk esteja doente com alguma infecção:

Esses sintomas podem indicar doenças como a  tricomoníase, a doença sexualmente transmissível não-viral mais comum do mundo. É uma doença fácil de tratar com medicação, basta você procurar o médico pra ele te ajudar nisso. 

Se você tiver transado sem camisinha, também pode ter contraído uma das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como gonorreia ou clamídia. Essas doenças podem vir acompanhadas de sintomas como dor para fazer xixi ou durante a relação sexual e cheiro forte. Mas nem sempre! Às vezes é só o corrimento mesmo, que pode vir em grande quantidade.

Então fica esperta, tá? Corrimento é normal e saudável, mas sentiu, cheirou ou notou algo estranho, vá logo ao ginecologista. 

Jornalista formada pela Cásper Líbero, estudou Mídias Internacionais na Université Paris 8 e é mestre em Jornalismo e Direitos Humanos, com especialização em Diplomacia, pela Sciences Po Paris. Escreve sobre saúde, ciência e tecnologia desde 2016, com maior dedicação à saúde da mulher. Também é consultora em comunicação para organizações internacionais. Vive em Washington D.C. (EUA) e é fã assídua dos livros da Elena Ferrante.