Bissexualidade não é modinha não!

Entenda o que define pessoas bissexuais e o que é a bifobia

Nos últimos anos, celebridades como Anitta, Luisa Sonza, Demi Lovato, Jesuíta Barbosa, Deborah Secco, entre tantas outras, se declararam bissexuais. Essas declarações fizeram com que muita gente falasse que a bissexualidade não passa de uma modinha, incentivada por esses e outros famosos.

Mas será mesmo que a orientação sexual é algo que pode ser influenciado? Neste artigo, vamos debater o assunto e desmistificar ideias equivocadas sobre bissexualidade. Vamos lá?

A bissexualidade define pessoas que se sentem emocionalmente, romanticamente ou sexualmente atraídas por pessoas de mais de um gênero. E não existe isso de 50% a 50%, viu? 

Pessoas bissexuais, basicamente, se atraem pela pessoa, independentemente do seu gênero. Portanto, não tem como perguntar para alguém, por exemplo, se ela prefere homens ou mulheres. É mais profundo que isso, entende?

Você já deve ter ouvido aquela frase que diz que "o B da sigla LGBTQIAP+ não é de Beyoncé". Essa frase se tornou uma expressão comum para a comunidade bissexual, diante de uma reclamação recorrente sobre a invisibilidade da bissexualidade.

Pessoas bissexuais sentem que a sociedade não as enxerga e não valida suas vivências. Prova disso é, justamente, o que citamos no início do texto, sobre muita gente acreditar que se trata de uma moda passageira.

Mas a verdade é que os bissexuais sempre existiram e podemos citar personalidades conhecidas mundialmente, como Freddie Mercury e Marlon Brando (um ator gato dos tempos de ouro de Hollywood que, provavelmente, seus pais conhecem e amam!), para ilustrar isso.

O que mudou é que agora as pessoas se sentem mais preparadas para falar de sexualidade e se declararem abertamente bissexuais. E que bom, né?

Mas um problema que ainda impede muitas pessoas de falarem sobre sua bissexualidade é a bifobia. Trata-se do medo, ódio ou aversão irracional em relação a pessoas bissexuais. 

Esse preconceito inaceitável é a causa de violências, discriminação e transtornos de saúde mental e emocional. Portanto, deve ser combatida por todos da sociedade. 

Devemos sempre lembrar que a orientação sexual de uma pessoa só diz respeito a ela mesma e nunca, jamais, podemos nos calar diante de uma atitude preconceituosa, seja de que origem for. Respeito a todas as cores do arco-íris! 💛

Jornalista mineira, com mais de dez anos de experiência. É criadora e apresentadora do podcast Solteira Profissional, que aborda o universo de relacionamentos e sexualidade. Produz conteúdos para diversos veículos e formatos, com foco, especialmente, nas editorias de saúde, bem-estar e comportamento. Tem um grande interesse em pautas feministas e sempre está envolvida com essa temática.