Vem entender melhor as conquistas do feminismo até hoje
Você conhece as conquistas do movimento feminista ao longo do tempo? Te contaremos sobre as principais conquistas do feminismo até os dias de hoje. Bora lá!
Se te perguntarem “o que é o feminismo”, você sabe, na ponta da língua, o que responder? E sobre as conquistas do feminismo?
De forma bem resumida, o feminismo é um movimento que essencialmente luta pela igualdade de gênero, combatendo o modelo social baseado no patriarcado, que oprime e violenta as mulheres, enquanto privilegia os homens.
Desde os primórdios do feminismo esse é o lema central da luta. É claro que, com a evolução da sociedade, novos motivos para lutar foram surgindo e, inclusive, novas vertentes foram sendo criadas dentro do próprio movimento para contemplar batalhas específicas de cada grupo. Afinal, o caminho percorrido por uma mulher branca de classe média e cisgênero será muito mais pavimentado e seguro do que aquele em que caminha sozinha uma travesti negra e pobre, concorda?
As conquistas do feminismo
Infelizmente, estamos longe de alcançar para todas as mulheres o mesmo lugar de conforto social que os homens têm para si. São séculos e séculos de supremacia que precisam ser quebrados tijolo por tijolo.
A boa notícia? Ao longo desses dois últimos séculos tivemos mulheres construtoras de um novo modelo de sociedade. Podemos comemorar que temos um alicerce bem-feito para que esse arranha céu chamado matriarcado possa se erguer.
Direitos conquistados pelas mulheres
Temos que relembrar as conquistas do movimento feminista que já tivemos como uma forma de recarregar as energias e ganhar um ânimo extra para seguirmos. Veja só o quanto nós, mulheres brasileiras, caminhamos e que caminho lindo já pavimentamos de mãos dadas. Conheça algumas das principais conquistas do feminismo no Brasil:
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Em 1879, as mulheres conquistaram o direito de frequentar a faculdade no Brasil.
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Em 24 de fevereiro de 1932, por meio do Decreto 21.076, do então presidente Getúlio Vargas, foi instituído o Código Eleitoral que, pela primeira vez, dava às mulheres o direito ao voto. Pois é! Não tem nem mesmo um século que podemos decidir o futuro do nosso país.
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Em 1962, o país ganhou o Estatuto da Mulher Casada, uma lei de autoria da Carlota Pereira de Queiroz, a primeira deputada federal do Brasil. A lei trouxe o direito ao pátrio poder também para a mulher, uma vez que, até então, ela não tinha vontade própria e era submetida às decisões do marido.
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Em 1977, foi aprovada a Lei do Divórcio, que acabou com o vínculo matrimonial após a separação e trouxe a possibilidade de se casar novamente.
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Durante o governo FHC, de 1995 a 2003, foi extinta a existência jurídica do “chefe de família”, o que trouxe direitos e obrigações iguais entre homens e mulheres dentro do casamento.
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Em 2003, no governo Lula, foi criada, com status de Ministério, a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.
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Em 2006, foi aprovada a Lei Maria da Penha, que trouxe o endurecimento das leis para punir a violência contra as mulheres.
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Em 2015, no governo Dilma, foi aprovada a Lei do Feminicídio, que faz com que esse seja considerado um homicídio qualificado e o coloca na lista de crimes hediondos, com penas mais altas, de 12 a 30 anos.
A luta do movimento feminista não acabou
Fizemos apenas um recorte de algumas importantes conquistas que as feministas brasileiras tiveram nos últimos 100 anos. Mas são muitas e muitas as batalhas a serem enfrentadas ainda. Aliás, só pelo fato de existirmos, já batalhamos diariamente. E para ganhar essa tão árdua guerra contra o patriarcado é preciso estarmos sempre atentas, fortes e unidas! E podem acreditar: nós podemos!
Se quiser se aprofundar um pouquinho mais, veja 3 dicas de livros sobre feminismo em outro texto aqui do site.
E pra você, qual conquista do feminismo também merece ser celebrada? Comenta aqui embaixo!
Tati Barros
Jornalista mineira, com mais de dez anos de experiência. É criadora e apresentadora do podcast Solteira Profissional, que aborda o universo de relacionamentos e sexualidade. Produz conteúdos para diversos ve&iacut;culos e formatos, com foco, especialmente, nas editorias de saúde, bem-estar e comportamento. Tem um grande interesse em pautas feministas e sempre está envolvida com essa temática.