Liberdade sexual. Vamos entender melhor esse conceito
Você sabe o que é liberdade sexual? Neste artigo, explicamos qual é a importância de expressar e exercer a própria sexualidade de forma livre. Vem saber mais!
Você, com certeza, já ouviu a frase “meu corpo, minhas regras”. Ela fala sobre o poder que temos sobre o nosso corpo e que ele só pertence a nós mesmas. E isso inclui o direito de exercer a nossa liberdade sexual da forma que se bem entender e, claro, desejar.
Expressar a liberdade sexual e a própria sexualidade é algo empoderador e que transforma a autoestima, a relação com o corpo e com o outro. Mas, na prática, você sabe o que significa a expressão liberdade sexual?
O que é liberdade sexual?
A liberdade sexual é o direito que a gente tem de expressar e exercer a nossa sexualidade de forma livre. Isso envolve, por exemplo, escolher com quem se relacionar, independentemente de gênero, ou ainda permanecer sozinho. É viver da forma que deseja a sua orientação sexual e se expressar sem medos ou qualquer tipo de repressão.
A liberdade sexual e os direitos das mulheres
Vale dizer que a liberdade sexual refere-se também a respeitar o outro. A escritora feminista Audre Lorde tem uma frase famosa que diz: “Eu não sou livre enquanto alguma mulher não o for, mesmo quando as correntes dela forem muito diferentes das minhas”.
Isso diz muito sobre esse tema. Afinal, não se pode falar em liberdade plena quando ainda há mulheres presas que não podem viver da forma que desejam.
No artigo “Liberdade sexual e direitos humanos”, a desembargadora e vice-presidente nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), Maria Berenice Dias, ressalta como é indispensável que se reconheça que a sexualidade integra a própria condição humana: “Ninguém pode realizar-se como ser humano se não tiver assegurado o respeito ao exercício da sexualidade, conceito que compreende a liberdade sexual, albergando a liberdade da livre orientação sexual”.
No entanto, ainda hoje, essa condição está longe de ser um direito conquistado por todas as mulheres. Não podemos desconsiderar, por exemplo, culturas em que corpos femininos são vistos como pecaminosos, em que adultério é crime que leva à pena de morte, em que transar antes do casamento é uma desonra.
Há locais, como a Somália, um país da África, em que existe a mutilação genital. Nessa terrível prática, ocorre a remoção ou o corte dos lábios vaginais e do clitóris, para que a mulher não sinta prazer sexual. Mais de 20 milhões de mulheres são vítimas dessa violência inaceitável que retira o desejo sexual da mulher e parte importante de quem ela é.
A liberdade e o empoderamento sexual
Falar sobre liberdade sexual é também falar sobre empoderamento feminino. Essa palavrinha que ficou tão popular nos últimos anos significa ter a liberdade de escolher e agir sobre decisões que afetam nossas próprias vidas.
Empoderar-se é ser dona do seu corpo e das suas escolhas, sejam elas ligadas à roupa que vestimos, os lugares que frequentamos, à profissão que exercemos ou às pessoas com as quais nos relacionamos.
Foram muitas as mulheres que lutaram para que hoje nós possamos ter esse poder e, por isso, não podemos abrir mão deles. Mas, claro, com muita responsabilidade 😉
Tati Barros
Jornalista mineira, com mais de dez anos de experiência. É criadora e apresentadora do podcast Solteira Profissional, que aborda o universo de relacionamentos e sexualidade. Produz conteúdos para diversos veículos e formatos, com foco, especialmente, nas editorias de saúde, bem-estar e comportamento. Tem um grande interesse em pautas feministas e sempre está envolvida com essa temática.